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Não é mulher

o suficiente

 

 

É isso o que a IAAF (Associação Internacional de Federações de Atletismo) diz sobre algumas dedicadas atletas.

Já faz parte da tradição e mentalidade da IAAF, intimidar competidoras com provas de confirmação de gênero. Provas que mostram se elas são, realmente, mulheres.

A prova de feminilidade tem tido muitas caras desde a década de 1930 e continua causando danos psicológicos irreversíveis às meninas que só querem fazer o que elas amam. Elas só querem correr.

Sebastian Coe,
presidente da IAAF,
diz: "Não vejo isso
como uma
questão pessoal".

Bem, é pessoal para Caster Semenya, que teve que se tornar jogadora de futebol para sustentar sua família.

É pessoal para Francine Niyonsaba, que corre desde os quatro anos e agora está sem trabalho.

É pessoal para Margaret Wambui, que não pode competir no seu auge.

É pessoal para Shanthi Soundarajan, que tentou se matar depois de ser chamada de menino.

É pessoal para Dutee Chand, que precisou de uma decisão judicial para continuar correndo.

O Sr. Coe continua repetindo: "Não é a respeito de um atleta individualmente".

Talvez seu cargo político tenha feito ele esquecer da sua época como corredor.

Não há competição sem indivíduos. Não há Jogos Olímpicos. Corridas. Eventos. Estamos falando sobre seres humanos, Sr. Coe.

Pessoas que escolheram a corrida como seu trabalho. Que são apaixonadas por correr.

O atletismo é feito de indivíduos.

Dizem que toda essa intolerância é necessária para preservar a competição.

Sério?

Imagine uma jovem menina que, inspirada nas Olimpíadas, se torna uma atleta.

A alma dessa menina está sendo despedaçada neste momento.

Um tribunal injusto, composto por homens, está afirmando que seu sonho não é feminino o suficiente.

A IAAF culpou os hormônios naturais do seu corpo quando lhe negaram a liberdade de correr. A liberdade de competir. A liberdade de trabalhar. A liberdade de fazer o que ela ama.

1794.10340 sem trabalho

Dizem que ela deve tomar medicamentos para poder competir. Prática que eles tanto condenam no movimento olímpico. Mas a integridade dela é inegociável.

A mesma coragem que essa garota mostra nas pistas, ela está mostrando fora delas.

Ela não deseja se submeter a uma intervenção médica para mudar quem ela é e como nasceu. Ela quer competir naturalmente.

Ela lutou e se tornou em um símbolo de força, esperança e coragem.

Ela espera e sonha que um dia possa correr livre de julgamento, livre de discriminação e em um mundo que a aceite como ela é.

O Espírito Olímpico, que antes era uma inspiração, está quebrado agora.

A IAAF está matando o espírito que a própria instituição afirma proteger

Toda vez que políticas tacanhas e instituições míopes tentaram provar que a discriminação é o único caminho. Pessoas com coragem provaram que isso era errado.

O mundo do esporte está em uma encruzilhada no momento.

Um caminho é o da política. O outro é dos indivíduos.

Um é o da discriminação. O outro é o da coragem.

Um é o da IAAF.
O outro é o caminho do verdadeiro espírito Olímpico.

Um caminho diz “pare”.O outro caminho diz “corra”.

A IAAF acredita que "essa discriminação é necessária".
Nós acreditamos que as diferenças devem ser celebradas.
Não discriminadas.

Deixe ela correr nas pistas ao redor do globo.
Deixe ela correr e inspirar as crianças do mundo.
Deixe ela correr e mostrar que não importa de onde você veio, com muito trabalho, você pode alcançar seus sonhos e objetivos. Deixe ela correr para ser o melhor que ela puder ser. Deixe ela correr.

Let Her Run

é um movimento que abraça todas as mulheres discriminadas pela IAAF. O futuro dessa garota está em suas mãos. Não o ignore. Proteja. Abrace. Lute por ele. Junte-se a nós e apoie essas atletas para que elas possam competir em Tóquio 2020. E nunca parem de correr.

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